A apresentação final da candidatura conjunta de Holanda e Bélgica para sediar a Copa do Mundo em 2018, ao contrário do que fizeram os países que concorrem à edição de 2022, não teve nem um segundo dedicado à economia. O trunfo da dupla é, na verdade, as pequenas dimensões territoriais de ambos os países.
De acordo com os candidatos, o fato de estádios estarem próximos uns aos outros torna o ambiente mais agradável a habitantes e estrangeiros. Esse detalhe facilitaria a criação de atmosfera agitada. Para comprovar a ideia, em vídeo, mostrou-se a imagem aérea, a partir de um helicóptero, das cidades.
Em relação à capacidade financeira das nações, apenas se falou que ambas possuem economia forte, e isso é suficiente para garantir a realização do torneio sem maiores problemas. O restante foi tomado por argumentos ligados ao caráter social do futebol e às personalidades holandesas e belgas.
Além de esportistas consagrados em diferentes épocas, desde Johan Cruyff até Wesley Sneijder, foram citadas figuras da política, como o presidente da União Europeia, o belga Herman Van Rompuy. O maior tempo, entretanto, coube ao treinador Guus Hiddink, com larga experiência em Copas do Mundo.
“Quando se fala com as pessoas depois de uma Copa, percebe-se o impacto do futebol no mundo, que é enorme”, disse o técnico holandês. “Holanda e Bélgica podem criar uma atmosfera linda”, completou, ainda em referência à paixão dos povos dos dois países e à limitação territorial de ambos.