Lenda da NBA faleceu neste domingo (26) em um acidente de helicóptero
Erich Beting - São Paulo (SP) Publicado em 27/01/2020, às 08h19 - Atualizado às 11h19
Um acidente de helicóptero na manhã deste domingo (26) na região de Los Angeles matou a lenda da NBA Kobe Bryant, aos 41 anos de idade. O ex-jogador ia com uma das filhas, Gianna, de 13 anos, a um jogo de basquete dela quando sofreu o acidente fatal. A sucessão de homenagens a Kobe durante o dia, em todo o mundo, mostrou a importância que o americano teve para o esporte.
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Menos de quatro anos após a aposentadoria das quadras, Bryant ironicamente havia voltado a ser notícia para o mundo do basquete no sábado (25), véspera do acidente fatal, quando LeBron James ultrapassou a marca de 33.643 pontos de Kobe e se tornou o terceiro maior cestinha da história da NBA, jogando curiosamente pelo mesmo Los Angeles Lakers que sempre foi a casa do ex-jogador.
Foto: Reprodução
O Lakers e os números 8 e 24, que foram usados por Bryant ao longo da carreira, ditaram as homenagens póstumas ao astro. Nas partidas da NBA, os atletas em quadra deixaram estourar o tempo de 24 segundos para o primeiro arremesso à cesta. Além disso, diversas franquias coloriram seus ginásios com as cores laranja e roxa do Lakers, como o New York Knicks no Madison Square Garden.
A importância de Bryant para o esporte também foi marcada pelas homenagens prestadas por Nike e Adidas. As duas maiores concorrentes do mercado de material esportivo foram patrocinadoras do atleta. A marca alemã apoiou Bryant no começo da carreira (de 1997 a 2002), enquanto a americana foi quem sustentou o atleta em sua fase mais difícil e fez dele um milionário, tornando-o o segundo jogador com maior faturamento da história, atrás somente de Michael Jordan.
Após ser acusado de estupro por uma funcionária de um hotel em 2003, mas ter a acusação retirada, o já astro do Lakers viu seus patrocinadores debandarem. A Nike, que já tinha assinado com ele, decidiu manter a aposta em sua nova imagem. A mudança da camisa 8 para a 24, seguida de uma performance cada vez mais extraordinária em quadra, impulsionaram a marca e os negócios de Kobe Bryant.
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Por 15 anos seguidos, ele assinou o tênis mais vendido da NBA e, com a abertura do mercado da China, tornou-se figura carimbada no país asiático com várias marcas. No final da carreira, em 2016, Bryant acumulou US$ 680 milhões entre patrocínios e salários. Nenhum outro atleta ganhou tanto enquanto jogava pela NBA.
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Os ganhos em quadra impulsionaram os negócios fora dela. Em 2013, Bryant lançou a Kobe Inc., empresa de investimentos em startups ligadas ao esporte. Além disso, comprou por US$ 5 milhões participação de cerca de 10% na BodyArmor, concorrente da Gatorade. Cinco anos depois, a Coca-Cola aportou US$ 300 milhões na empresa.
Ao parar de jogar, passou a investir em negócios na mídia, com um fundo de US$ 100 milhões criado com o empresário Jeff Stibel. Um dos seus primeiros negócios foi a criação do curta-metragem "Dear Basketball", que conta sua história com o basquete. Em 2018, ele se tornou o primeiro atleta a ganhar o Oscar, prêmio máximo da indústria do cinema, como o melhor curta-metragem.
Responsável por aumentar a popularização do basquete pós-Jordan, Kobe Bryant, com sua morte prematura, chocou o mundo. As homenagens que foram feitas ao longo do dia definitivamente mostraram o tamanho que ele teve para o esporte.