O Mundial de Clubes da Fifa apresentou uma brecha no rígido controle de naming rights que a entidade máxima do futebol impõe sobre seus campeonatos. Apresentado pela Toyota, o Mundial contou também com a presença de um concorrente da fabricante de automóveis japonesa.
A montadora sul-coreana Hyundai esteve presente no torneio graças à qualificação do Ulsan Hyundai, time do qual é proprietária na Coreia do Sul e que foi o campeão da Liga dos Campeões da Ásia. O Ulsan terminou na quinta colocação no Mundial, mas permitiu que a marca da empresa automotiva ficasse estampada no peito da camisa de seus jogadores.
Quem não conseguiu a mesma brecha foi a também fabricante de automóveis japonesa Nissan. O estádio da cidade de Yokohama, palco da final do torneio, leva o nome da empresa desde o começo deste ano, após a assinatura de um contrato de naming right. Para a Fifa, porém, o local sempre foi tratado como Yokohama Stadium.
Esse é o procedimento padrão da entidade para estádios que são usados nas suas competições e cujos detentores do direito de nome deles não são empresas patrocinadoras da Fifa ou pelo menos do torneio em disputa.
Curiosamente, a Hyundai é uma das seis empresas patrocinadoras da Fifa. O Mundial de Clubes é a única competição de futebol organizada pela entidade que não leva a marca da empresa sul-coreana, já que a Fifa “herdou” o torneio que era promovido pela Toyota todo fim de ano no Japão desde 1980.
* O repórter viaja a convite da Toyota do Brasil