Principal categoria de automobilismo nos Estados Unidos, a Nascar vinha enfrentando uma crise. Nesta temporada, porém, a situação parece ter mudado. As primeiras provas mostram que o número de espectadores nos circuitos parou de cair e que a audiência da disputa na TV começou a crescer.
Nas quatro primeiras provas da temporada 2011, o número de ingressos vendidos esteve no mesmo nível do ano anterior. A audiência televisiva, em contrapartida, teve um incremento de 10%.
Os números são significativos porque representam uma recuperação. A Nascar teve 3,6 milhões de espectadores nos circuitos durante as provas do ano passado, e isso representou queda de 16% em comparação com os números de 2008.
O principal problema é que essa queda vinha se tornando constante. E curiosamente, o momento desfavorável foi precedido por uma das melhores fases da Nascar, que vinha sendo turbinada por picos de audiência e ingressos esgotados.
Em meio a esse processo, a Nascar fechou com a TV um contrato de US$ 4,5 bilhões para a cessão dos direitos de transmissão. Além disso, aumentou a capacidade de público na maioria dos circuitos.
Então veio a crise financeira internacional, que teve impacto profundo na economia dos Estados Unidos. Imediatamente, a recessão teve reflexo na presença e na audiência da Nascar.
A crise da Nascar também foi alavancada por mudanças nos carros, que passaram a ser mais irregulares e dificultaram a condução. “Se nós pudéssemos voltar, faríamos tudo diferente na apresentação dos veículos”, chegou a dizer Mike Helton, presidente da categoria.
Por tudo isso, a temporada 2011 representa uma recuperação para a Nascar. Principalmente porque um piloto de 20 anos, Trevor Bayne, venceu a Daytona 500. Ele é um dos grandes responsáveis pelos holofotes que retornaram à disputa.