O Internacional de Porto Alegre irá enfrentar o Chivas, do México, na noite desta quarta-feira (18), pela final da Copa Santander Libertadores. Com expectativa de casa cheia, o estádio do Beira-Rio possui capacidade para 55 mil torcedores, mas a renda obtida com bilheteria será menor do que o valor que poderia ser arrecadado caso sócios não tivessem gratuidade ou descontos na compra de ingressos.
Atualmente, aproximadamente 35 mil sócios possuem entrada gratuita – pertencentes à antiga modalidade de filiação, indisponível há alguns anos – e 71 mil associados têm direito a 50% de desconto na compra de tíquetes. A partir desse contexto, cerca de 12 mil ingressos foram colocados à venda por preço médio de R$ 80, segundo estimativa do diretor de marketing do time, Jorge Avancini.
Com base nesses números, estima-se que a agremiação arrecade em torno de R$ 960 mil. O São Paulo, nas semifinais, diante do Internacional, levantou R$ 4.484.282 com a presença de 57 mil pessoas. Adaptado à capacidade de 55 mil lugares do Beira-Rio, estima-se que o time gaúcho pudesse arrecadar R$ 4.318.377 – pouco mais de R$ 3,3 milhões acima do que irá ganhar nesta quarta.
“O Internacional não abre mão dos sócios”, afirma Avancini à Máquina do Esporte. “O sócio gera renda garantida, fluxo de caixa e nos possibilita investir de forma planejada”. Segundo o diretor, o quadro social gera receita mensal de R$ 3,8 milhões, ou R$ 45,6 milhões anuais. Com o patrocínio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, em comparação, a equipe recebeu R$ 7 milhões em 2010.
Para atenuar perdas, o Internacional está testando desde 2009 um modelo no qual sócios da categoria antiga, que possuem entrada garantida, avisam ao clube caso não tenham intenção de comparecer ao estádio. Em contrapartida, o filiado recebe pontos e pode trocá-los, posteriormente, por benefícios. Ainda não há, porém, resultados sólidos para medir a efetividade da medida.