Uma década após a chegada de investidores internacionais nos clubes ingleses, as equipes do país em mãos de estrangeiros mais do que dobraram seu valor de mercado.
É o que mostra levantamento feito pelo diário inglês Daily Mail entre os 44 clubes que disputam as duas principais divisões da Inglaterra. Dessas equipes, 27 são de propriedade ou têm participação de um dono estrangeiro, com fortunas estimadas em £ 69,85 bilhões (R$ 323,5 bilhões).
Desses clubes, 24 são controlados por proprietários estrangeiros, que pagaram £ 2,765 bilhões (R$ 12,8 bilhões) pelas equipes, que agora têm valor de cerca de £ 5,788 bilhões (R$ 26,8 bilhões), o que representa um aumento de 109%.
Há dez anos, a família Glazer, de Tampa, na Flórida, tornou-se acionista majoritária do Manchester United. O movimento gerou um verdadeiro boom de outros investidores que aportaram no futebol inglês.
Investidores de 18 países são donos ou têm participação nestas equipes. Os principais investidores são os norte-americanos, com participação em oito clubes. Os demais países com participação nos dois principais campeonatos do futebol inglês vêm de África do Sul, Bélgica, Canadá, Egito, Emirados Árabes, Hong Kong, Índia, Irã, Islândia, Itália, Kuwait, Letônia, Malásia, Paquistão, Rússia, Suíça e Tailândia.
Pioneiros no movimento, a família Glazer pagou £ 790 milhões (R$ 3,659 bilhões) pelo Manchester United. Atualmente, o valor de mercado do clube é de £ 1,65 bilhão (R$ 7,64 bilhões), o que representa um aumento de quase 109%.
O crescimento da Premier League, que neste ano negociou novo contrato de TV em termos bilionários (£ 5,14 bilhões para o triênio 2016-2017 a 2018-2019), não pode ser explicado sem a participação de capital externo para oxigenar financeiramente clubes que estavam em má situação financeira.