A federação de futebol da Itália (FIGC) anunciou após a Copa que o limite de jogadores extracomunitários em times do país passará a estar limitado a apenas um por equipe. A notícia, no entanto, não agradou os clubes, que pediram um encontro com o governo do país para rever a medida.
Em uma assembleia realizada em Milão, nesta quinta-feira, os representantes dos clubes da Série A italiana decidiram não comparecer à próxima reunião da FIGC, em protesto contra a medida. A nota divulgada pelos times afirma que a ideia surgiu “fora da hora”, em um momento difícil para o futebol do país. Um dos argumentos é que a janela de transferência já estava aberta e que as diretorias dos clubes não foram consultadas.
A medida da federação italiana surgiu após o fracasso da seleção do país na Copa do Mundo. A ideia é que os jogadores da Itália fossem mais valorizados, visando uma renovação no campeonato nacional. Uma das críticas sofridas pelo time que disputou o Mundial era de que os atletas eram demasiadamente velhos.
Recentemente, a mudança na regra provocou uma consequência até no Brasil. O goleiro Felipe, do Corinthians, estava apalavrado com o Genoa. Com a medida, o clube italiano desistiu da contratação e fechou com Eduardo, goleiro português, ou seja, com passaporte europeu.