Madri anunciou na semana passada que vai, em função da crise econômica, reduzir o custo da candidatura ao posto de sede dos Jogos Olímpicos de 2020. Contudo, não será a única. A contenção de gastos também será adotada por Tóquio.
Os responsáveis pela candidatura de Tóquio estipularam um limite de US$ 75 milhões de gastos com a candidatura para 2020. Ainda assim, o projeto custará mais do que o orçamento de Madrid na corrida para 2016 (US$ 50,4 milhões), que deve ser reduzido em até 40%.
No pleito para 2016, Tóquio ficou com o terceiro posto. A cidade japonesa foi vencida por Madri e pelo Rio de Janeiro, que assegurou o direito de realizar o evento.
O projeto de Tóquio para 2016 custou algo em torno de US$ 150 milhões. “Nós aprendemos muito sobre administração financeira, e também estamos mais espertos. Nosso budget é menor agora, e isso significa que pretendemos cortar o orçamento até a metade”, disse Masato Mizuno, CEO do comitê da candidatura japonesa.
Além do cenário internacional incerto, a candidatura de Tóquio sofre com a dependência local da indústria do tabaco. Atualmente, a Japan Tobacco patrocina um time na liga masculina, um time na liga feminina e a jogadora Yoshie Takeshita.
A Japan Tobacco também está entre os patrocinadores da Copa do Mundo de vôlei, que está sendo disputada no Japão, a despeito de os aportes de empresas fabricantes de cigarros serem proibidos. “Eles têm uma divisão de chás, cafés e outras bebidas”, explicou a federação local via assessoria de imprensa.