O futebol americano praticado no Brasil pode ainda ser pequeno frente a outras modalidades, especialmente o futebol, mas, pela quinta vez nos últimos dois anos, ele estará em um grande estádio, com expectativa de público que supera a maior parte dos jogos de Campeonato Estadual.
A próxima novidade será a final do Campeonato Gaúcho de Futebol Americano. No estádio Beira-Rio, inteiro reformado para a Copa do Mundo, será anunciado um evento que deverá se chamar “Gigante Bowl”. O objetivo é reproduzir, dentro das devidas proporções, as ações que acontecem no Super Bowl, a decisão da NFL, liga dos Estados Unidos.
Nos dois últimos anos, a Arena Independência, em Belo Horizonte, a Arena Pantanal, em Cuiabá, e duas vezes a Arena Pernambuco, na Grande Recife, receberam jogos da modalidade. No Mato Grosso, houve um público recorde do esporte no Brasil: 14 mil pessoas estiveram presentes, uma raridade no estádio.
LEIA MAIS – Análise: Mercado ainda não percebeu popularização do futebol americano
Em conversa com a Máquina do Esporte, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol Americano, Guto Sousa, contou o anseio das organizações pela profissionalização. “Ele ainda é um esporte amador no país, mas as pessoas envolvidas têm uma cabeça diferente do dirigente tradicional do Brasil. Pela influência dos Estados Unidos, existe uma enorme vontade de fazer melhor”, afirmou.
O plano é tornar mais popular os jogos para conseguir patrocínios nacionais. Hoje, as equipes mantêm aportes locais, e a Confederação enfrenta dificuldade no mercado.
Nesse quesito, os grandes eventos nos estádios tendem a ajudar. Isso porque neles os patrocinadores são mais abertos, e os contratos são fechados pontualmente. “É uma forma de apresentar o esporte e começar um relacionamento. Mas é uma venda difícil”, finalizou Sousa.