Uma pesquisa publicada por dois estudiosos norte-americanos apresentou a teoria de que além das escolhidas, as candidatas derrotas na disputa pelos direitos de sediar os Jogos Olímpicos são beneficiadas economicamente. Segundo o estudo, o efeito positivo do evento pode elevar o número de exportações em até 30%. Os responsáveis pela pesquisa são Andrew Rose, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, e Mark Spiegel, do Federal Reserve Bank, de São Francisco. Os dois analisaram a economia local nos anos posteriores às decisões do Comitê Olímpico Internacional (COI). No caso das cidades escolhidas, o crescimento na movimentação financeira chegou a 31%, contra 27% das candidatas que tiveram suas propostas descartadas. O resultado, segundo os especialistas, é uma mostra da imagem positiva que o município passa para o mercado. ?Nós concluímos que o efeito olímpico na economia pode ser atribuído a um sinal que o país passa quando se candidata a sediar os Jogos?, disseram os pesquisadores na abertura do projeto. O resultado surpreendente, no entanto, não atenua as críticas que podem ser feitas ao projeto do Rio de Janeiro para 2016. Um dos principais opositores de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, o advogado Alberto Murray Neto mantém o tom dissonante mesmo concordando com os benefícios. ?Eu não conhecia esse dado, que é bem interessante. Eu sempre defendi que uma candidatura pode ser muito boa, mas quando ela é bem planejada. E hoje o Rio tem a proposta mais cara de todas. A economia é uma consequência disso?, disse o ex-membro do COB.