Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, enfim, teve de cessar os ataques à Globo e acertar a venda de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro à emissora. Durante o lançamento dos novos uniformes do time mineiro, o mandatário confirmou o negócio.
“Tampei o nariz e fechei com a Globo”, disse Kalil, antes de afirmar que não foi o responsável pelo acordo com o canal carioca, e sim integrantes do conselho deliberativo. Com o anúncio, o Atlético-MG é mais um dos pilares do quase extinto Clube dos 13 a ceder.
O Internacional, segundo publicou a Máquina do Esporte na última terça-feira (17), também está muito próximo de anunciar a venda das edições entre 2012 e 2015 à Globo. Ambos já têm acordos acertados, mas ainda não anunciaram oficialmente.
Até agora, o canal já fechou com 17 clubes. Dentre os que compunham o Clube dos 13, que anunciou na última semana que desistiu de brigar pela venda dos direitos de transmissão, apenas São Paulo, Portuguesa e Guarani ainda não anunciaram nenhum acerto.
Como a entidade desistiu da comercialização, e o presidente Fábio Koff aguarda apenas que ele e Fernando Carvalho, ligado ao Internacional, deixem de ser avalistas pessoais das contas da entidade para deixar a presidência e dissolvê-la, a expectativa é que negócios com os clubes remanescentes sejam fechados nas próximas semanas.
As negociações diretas entre Globo e times, a exemplo do que fizeram Inter e Atlético-MG, foram a saída encontrada pelas equipes insatisfeitas com o modelo de venda proposto pelo Clube dos 13. A instituição pretendia submeter as emissoras interessadas a processo de licitação formatado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
De acordo com a licitação, a Globo não teria direito à preferência de compra que teve nas vendas anteriores. Haveria apenas ágio de 10% a favor do canal carioca, que preferiu nem mesmo participar da licitação. A Record, que havia especulado a possibilidade de pagar R$ 1 bilhão pelos direitos, também ficou de fora.
A vencedora, então, foi a RedeTV!. Os R$ 516 milhões anuais oferecidos pela emissora para transmitir a competição nacional, contudo, não foram suficientes para convencer clubes insatisfeitos com o Clube dos 13 a seguir com a negociação coletiva. Desde então, negócios individuais vêm sendo anunciados frequentemente.