A Under Armour havia apostado alto. A empresa ofereceu US$ 285 milhões para tirar Kevin Durant da Nike, em um contrato de dez anos. No entanto, a Nike exerceu seu direito de cobrir a proposta e, por US$ 300 milhões, assegurou o astro do Oklahoma City Tunder.
O alto patrocínio oferecido pela Under Armour visava posicionar a marca no basquete, mercado em que a empresa tem menos de 1% de participação. A concorrente Nike, que ficou com a parceria com Durant, mantém 96% da fatia nos Estados Unidos.
A investida seguiria a estratégia da empresa em fazer grandes investimentos em marketing. Neste ano, a Under Armour lançou campanha global focada no público feminino. Em janeiro, tirou a Adidas do Notre Dame no futebol americano, o que seria o maior contrato da história do esporte universitário. No basquete, já havia tirado da Nike o atleta Stephen Curry, do Golden State Warriors.
O problema da Under Armour é o tamanho da concorrência, como ficou claro na disputa por Durant. O crescimento da marca é impressionante: em 1996, quando surgiu, teve receita de US$ 17 mil. Em 2014, esse número deve chegar a US$ 3 bilhões, o mais alto de sua história. Quando enfrenta a Nike, no entanto, lida com uma empresa que deve receber US$ 28 bilhões neste ano.
A questão-chave do negócio é que Durant rende à Nike US$ 175 milhões ao ano somente com venda de artigos relacionados ao jogador. Com o jogador, a empresa assegura a aposta no principal candidato a “novo Jordan” dos negócios e afasta um concorrente no basquete.