A edição 2020 da La Vuelta, uma das três principais provas do ciclismo mundial, terá sua largada em Utrecht, na Holanda. A cidade receberá a apresentação das equipes e sediará a prova de contrarrelógio inaugural da corrida. O objetivo: a internacionalização e a conquista de novos mercados.
Esta não será a primeira vez que a prova utiliza esse tipo de estratégia de expansão. Vale lembrar que Lisboa foi a primeira cidade fora do território espanhol a receber a largada da La Vuelta, em 1997. Depois, Assen, na própria Holanda, em 2009, e Nimes, na França, em 2017, também foram palcos estrangeiros para a primeira etapa da prova.
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A estratégia é parecida com a adotada este ano pelo Giro d’Italia que, com a própria La Vuelta e o Tour de France, formam o “trio de ferro” do esporte no mundo e são conhecidos como Grand Tours. Em 2018, pela primeira vez em 101 anos de história, a prova italiana teve seu início fora da Europa, largando de Jerusalém, em Israel.
A escolha da La Vuelta pela Holanda (11 anos depois da largada em Assen) se dá pelo fato de que a cidade de Utrecht já recebeu etapas do Giro d’Italia e do Tour de France e, por isso, já tem uma infraestrutura interessante para os atletas e também para os amantes do ciclismo. Utrecht, aliás, será a primeira cidade a acolher etapas das três principais provas do ciclismo internacional
Por último, ainda há a relação histórica entre Espanha e Holanda. Os laços de amizade entre os dois países remontam a centenas de anos e, hoje, são celebrados principalmente por ideias semelhantes nas políticas de proteção ambiental e sustentabilidade.
“O comitê organizador do evento confiou no território holandês pela paixão sentida pelos holandeses pelo ciclismo e também pelo universo que cerca este esporte. Pode-se dizer que estamos impacientes para viver uma largada oficial da La Vuelta na Holanda mais uma vez”, declarou Javier Guillén, diretor da prova espanhola.