Um encontro de três horas na tarde de ontem em Brasília selou o fim dos debates para ajudar na elaboração de uma Lei de Responsabilidade para os clubes de futebol no Brasil.
Nesse tempo, os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e George Hilton (Esporte), em conjunto com uma equipe de assessores técnicos, ouviu propostas feitas por um grupo de representantes da mídia.
Participei do evento ao lado dos jornalistas Juca Kfouri e Paulo Calçade, de Walter de Mattos Jr. (dono do Lance!) e de Marcelo de Campos Pinto (diretor da Globo Esportes).
O resultado do debate foi a certeza de que a lei para criar contrapartidas aos clubes que aderirem a um novo programa de refinanciamento das dívidas é um caminho sem volta. Mais do que isso, dela deverá sair uma Agênica Nacional do Futebol, que servirá como órgão fiscalizador do cumprimento da lei e, mais ainda, uma espécie de regulador do mercado, criando o processo de profissionalização que falta ao futebol.
Há, hoje, uma certeza de que mudar a governança no futebol é a etapa que ainda falta para o desenvolvimento do esporte como negócio.
O entendimento é cristalino nas falas de Mercadante, líder das ações durante a uma hora e meia que participou do debate. O governo sabe o que precisa ser feito. E só assim vai dar, mais uma vez, ajuda aos clubes.
Desde a Lei Pelé não há casamento tão bom da oportunidade com a necessidade. Se, lá, o resultado foi a lei que deu liberdade ao atleta, agora o resultado pode ser o início de uma gestão mais racional nos clubes.
É a chance de ouro do futebol.