Máscaras com o rosto dele, faixas e um enorme furor no ginásio entregam: Jeremy Lin precisou de poucos dias e uma sequência pequena de jogos – fez 16 até agora – para se transformar em um fenômeno na liga profissional de basquete dos Estados Unidos (NBA). Um exemplo do tamanho do impacto causado pelo armador é o quanto ele já acrescentou em receitas ao New York Knicks.
Em uma semana, as vendas de produtos licenciados na loja oficial online da franquia tiveram ascensão de 3.000%. Além disso, camisas com o número 17 usado por Lin estão esgotadas.
Outro exemplo é dado pela Madison Square Garden Company, empresa que controla os Knicks, o ginásio deles e a TV por assinatura que transmite jogos da equipe. As ações da companhia tiveram alta de 3,8%, triplicaram o volume de negócios e atingiram US$ 32,32.
Os ingressos para jogos dos Knicks também foram inflacionados por Lin. O tíquete médio da franquia, que girava em torno de US$ 85, ascendeu a US$ 100.
Lin é o primeiro atleta formado em Harvard a atuar na NBA desde 1954. Além disso, tem ascendência taiwanesa e enfrentou dificuldades para chegar à liga – não foi draftado, precisou de um período de treinos e assinou com os Knicks apenas em 27 de dezembro de 2011.
Com um perfil bastante incomum, Lin chamou atenção pelo desempenho. O rendimento dele nos quatro primeiros jogos pelos Knicks é o melhor debute de um jogador na NBA desde 1976.
O fenômeno em torno do novo astro foi batizado de “Linsanity”. Nesta quinta-feira, o site oficial da NBA publicou entrevista com o chinês Yao Ming, que passou por história similar. Primeira escolha do draft da liga em 2002, o agora aposentado criou algo que ficou conhecido como “Yaomania”.
“Aqui na China, os fãs estão empolgados com Jeremy Lin. Ele é notícia em todos os lugares. A história dele está sempre nas manchetes dos jornais”, relatou Ming ao site da NBA.