O modelo de venda de direitos de mídia já foi tema de enorme discussão no futebol brasileiro. No início desta temporada, também foi apontado como vilão na Espanha. E agora virou tema de polêmica na Inglaterra.
A celeuma foi iniciada pelo Liverpool. Em entrevista ao jornal “The Guardian”, o diretor-executivo do clube, Ian Ayre, defendeu uma revisão no modelo de divisão de receitas de mídia na Premier League.
“Um debate precisa acontecer”, disse o executivo. A pressão dele é para que as maiores equipes recebam um percentual maior do que o que vai atualmente para os cofres delas.
O principal foco das cobranças de Ayre é a receita oriunda da venda dos direitos do futebol inglês em outros países. A Premier League divide igualmente esse montante – no período 2010-2013, trata-se de um total de US$ 1,4 bilhão.
“Talvez o caminho seja fazer uma venda individual, assim como é feito na Espanha”, projetou Ayre. “Se você for a Kuala Lumpur, ninguém assina Astro ou ESPN para ver o Bolton. Se houver, trata-se de um grupo pequeno. As pessoas querem ver Liverpool, Manchester United, Chelsea e Arsenal”, completou.
A ideia do executivo do Liverpool é levar essa discussão à próxima reunião da Premier League. O problema é que a postura do clube, que prioriza um grupo menor de clubes, precisa ser aprovada por 14 dos 20 times que formam o grupo.
