?Se os Jogos Olímpicos são de todo o povo, não podem deixar a América do Sul fora disso?. A frase resume o perfil do discurso do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Comitê Olímpico Internacional nesta sexta-feira. Amparado pelos ideais da entidade, o dirigente tentou usá-los como bandeira para fortalecer a campanha carioca. ?A América do Sul nunca teve uma edição das Olimpíadas. O Brasil é uma das dez maiores economias do mundo, e todos os outros integrantes desse ranking já tiveram ao menos uma edição dos Jogos. Para a América do Sul, será um momento mágico. Para o movimento olímpico, é a chance de mostrar ao nosso povo uma mensagem importante e levar o calor do Brasil aos Jogos. Além disso, podemos mostrar que as Olimpíadas são de todo o mundo?, disse o presidente. Desde o início das apresentações ao COI, o projeto do Rio de Janeiro sempre foi baseado em uma união de crescimento local, desenvolvimento da economia e abertura do mercado das Olimpíadas para a América do Sul. No entanto, é inegável que o último desses temas foi o principal argumento de campanha da cidade. ?Espero que os senhores, quando apertarem o botão da votação, considerem a possibilidade de levar o espírito olímpico a 180 milhões de pessoas. Podemos trazer um novo mundo às Olimpíadas, e o Rio está pronto para isso?, afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro. ?Na história dos Jogos, tivemos 30 edições na Europa, cinco na Ásia, duas na Oceania e 12 na América do Norte, sendo oito nos Estados Unidos. Agora, podemos expandir esses horizontes?, completou.