Corinthians e Palmeiras atingiram um número expressivo na última semana: os dois clubes ultrapassaram a barreira dos 70 mil sócios-torcedores, segundo o “Movimento por um futebol melhor”. Mas, considerando o quão volátil têm sido esses números, ambos terão como desafio a manutenção dos adeptos aos seus programas.
O ponto central é o quanto os programas de sócio-torcedor estão ligados exclusivamente à venda de ingresso e, portanto, variam conforme o desempenho esportivo da equipe. Com os dois clubes, isso fica bastante claro no momento. O Corinthians está de volta à Libertadores e o Palmeiras vive uma euforia que há muito não havia no Palestra. Os dois também contam com novos estádios, o que chama torcedor.
Para se ter uma ideia do quão mutável são as inscrições, o Corinthians ultrapassou os 100 mil sócios em 2012, após vencer a Libertadores. No primeiro semestre de 2014, antes da abertura do estádio, o índice esteve em 42 mil.
O problema se agrava porque não há uma fórmula precisamente certeira para o programa triunfar. A ideia do “Futebol Melhor”, por exemplo, nunca pôde ser comprovada como eficiente. A baixa corintiana já foi com o projeto, e o Palmeiras foi ter alta apenas nesse momento de otimismo.
O Benfica, exemplo para muitos brasileiros, também aposta em desconto em produtos diversos, mas tem como principal bandeira dar uma série de benefícios que envolvam o próprio time. Os portugueses também usam uma comunicação intensa para isso e uma vasta distribuição de pontos de venda. Não é simples, nem barato, mas tem sido eficiente.