Rafael Gambarim, empresário paranaense de 30 anos, ficou famoso na internet por quebrar uma TV em meio aos pênaltis de Brasil x Chile. Júlio César defendeu, ele se empolgou e estragou o aparelho com um tapa na tela. O vídeo teve milhares de compartilhamentos no Facebook, foi replicado por inúmeros canais no YouTube, enfim, viralizou.
Aí empresas tiveram a estupenda ideia: por que não presenteá-lo com outra televisão? A Sony deu uma de 40 polegadas, a Samsung mandou uma de 46, o supermercado Extra, do Grupo Pão de Açúcar, enviou mais uma, e a Magazine Luiza decidiu premiá-lo com um projetor multimídia para “não correr o risco de quebrar outra TV”.
O caso indica que marcas passaram a dar a devida importância às redes sociais, mas mostra também que falta discernimento. Isto é, foi premiado um torcedor infantil que estragou um equipamento que, para muitos, é só um sonho.
Na tentativa de pegar carona em uma visibilidade momentânea, empresas não só não tiveram sucesso, porque quatro tiveram a mesmíssima ideia, como ainda passaram um recado esquisito para o público: estrague sua TV e fique famoso que vamos recompensá-lo.
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Marcas precisam aplicar na internet o que já vale fora dela. Não pague qualquer mico para ganhar visibilidade, não cole a sua imagem na de sujeitos de gosto duvidoso. E se esforce para ter uma ideia um pouquinho mais criativa, não é?