A humilhação imposta pela Alemanha sobre o Brasil na semifinal da Copa fez com que as marcas adotassem em boa parte o silêncio em sua comunicação.
Poucas foram as empresas que decidiram criar alguma mensagem para a seleção após os 7 a 1 impostos pelos alemães, quase nenhuma delas com relação
de patrocínio ao time nacional.
A única a lançar mão do humor foi a Garoto, que durante e toda a Copa brincou
com o conceito “Chocolate Neles”. No perfil da marca no Facebook, ainda no intervalo quando o placar marcava 5 a 0 Alemanha, a empresa escreveu: “Ai, que chocolate indigesto. Odeio chocolate alemão (com todo respeito)”.
Outras, como a Wiseup, a Visa e a Gatorade adotaram palavras de incentivo ao país. A fabricante de isotônicos lembrou que “amanhã tem treino”, já que a
equipe ainda disputa o terceiro lugar no próximo sábado.
A Brahma, por sua vez, retirou a foto do perfil da marca no Facebook que dizia “Vai ter Festa” e colocou uma só com produtos da marca, em posicionamento completamente distinto ao pré-Copa, quando foi uma das poucas a incentivar o torneio.
Na TV, o humor das marcas também foi bem mais ameno. Itaú e Brahma não usaram as propagandas ligadas à seleção brasileira, enquanto Hyundai, Coca-Cola, Johnson & Johnson e Oi mantiveram o mesmo anúncio relacionado ao Mundial, sem maiores referências ao Brasil. A Hyundai manteve o conceitode “hexagarantia”, que dá seis anos de garantia a quem comprar um carro até o fim da Copa.
O silêncio das marcas, pelo menos, não foi sufocado pelas gafes. Entre manter a campanha ufanista no ar ou tirá-la pós-jogo, preferiu-se a segunda opção.