Acionado para conseguir recursos para manter Montillo em 2012, o departamento de marketing do Cruzeiro aguarda uma posição da presidência a respeito da negociação com o argentino para fechar negócio. Até o momento, ainda não se sabe qual será o salário demandado pelo jogador, número pendente para que o plano seja concluído pela área.
Já há uma empresa que tope bancar parte dos custos gerados pelo meia-atacante, segundo Marcone Barbosa, diretor de marketing cruzeirense, mas ainda não há nada assinado ou confirmado. “Se ele pedir um valor acima do que a empresa está disposta a investir, o Cruzeiro terá de fazer uma composição, provavelmente com outras empresas”, explica o dirigente.
A expectativa é que o salário do atleta suba 50% em relação ao que recebe hoje, e a perspectiva é que essa verba arrecadada com esse patrocínio seja suficiente para satisfazê-lo sem onerar a folha de pagamentos do time. “Assim que o valor estiver definido, a ideia é captar tudo”, avisa o diretor mineiro.
O projeto é diferente do que o Santos fez para manter Neymar no Brasil, diante do assédio de clubes espanhóis. Os alvinegros conseguiram patrocínios pessoais para o atacante da seleção brasileira, que passou a ser garoto-propaganda dessas empresas, mas manteve parte dos aportes direcionados aos cofres do clube – 30% ou 10%, dependendo do acordo.
Já os mineiros planejam repassar 100% dos ganhos desse parceiro ao jogador, que exige aumento substancial desde que Corinthians e São Paulo, entre outros times da elite brasileira, afirmaram publicamente que estariam dispostos a retirá-lo de Minas Gerais. A transferência para essas equipes só não aconteceu porque a presidência cruzeirense não entrou em acordo com esses rivais.