O Marrocos quer, definitivamente, entrar para a história como segundo país africano a abrigar uma Copa do Mundo após a África do Sul, em 2010. Para isso, os marroquinos anunciaram, na última sexta-feira (16), um plano de US$ 15,8 bilhões em gastos com estádios e infraestrutura em geral.
O planejamento será colocado em prática caso o país vença o duelo com a candidatura conjunta tripla formada por EUA, Canadá e México para sediar o Mundial de 2026. O orçamento marroquino é considerado de baixo custo para o tamanho de uma Copa, mas pesa contra o fato de que dados não oficiais já teriam apontado que a Fifa teria um faturamento de até US$ 300 milhões a mais com o torneio sendo disputado na América do Norte.
De acordo com a proposta enviada pelo Comitê de Licitação do Marrocos para a Copa do Mundo de 2026, o país teria 12 cidades e 14 estádios para abrigar o torneio. Entre os locais a serem reformados e melhorados para atender requisitos da Fifa estão estádios em Marrakesh, Agadir, Fez, Tânger e na capital Rabat.
Além disso, três novos estádios seriam construídos, sendo dois deles nas cidades de Oujda e Tetouan, ambos com capacidade para 45.600 espectadores. O terceiro seria maior, com capacidade para 93.000 torcedores, e seria erguido na cidade de Casablanca. Este estádio passaria a ser o local oficial de jogos da seleção marroquina no futuro. Outros seis locais de jogos seriam feitos com módulos, ao estilo do que será visto em alguns estádios no Qatar, em 2022.
Para seguir as exigências da Fifa, o Marrocos ainda terá que fazer diversos investimentos em transporte público, rede hoteleira e serviços hospitalares nas 12 cidades-sede e outras oito que ficam próximas e terão participação importante na logística de delegações, imprensa e torcedores.
A ideia, como sempre acontece nas disputas de Copas do Mundo, segundo o governo, é deixar um grande legado para a população do país após a disputa da competição.
“A Copa do Mundo da Fifa 2026 é uma prioridade nacional para o nosso governo, e é por isso que garantimos o investimento necessário em nossos planos de estádios interessantes e inovadores. Nossa nação bonita e acolhedora oferecerá aos jogadores e torcedores algo muito especial com apenas um fuso horário, uma moeda e todas as cidades-sedes a um alcance de 550 km de Casablanca, o que significa uma viagem limitada e uma logística simples”, afirmou Moulay Hafid Elalamy, ministro do governo marroquino para indústria, investimento, comércio e economia digital, e presidente do Comitê Marrocos 2026.
Esta é a quinta vez que o Marrocos tenta sediar uma edição de Copa do Mundo. As outras foram em 1994, 1998, 2006 e 2010. A Fifa já informou que vai divulgar o país escolhido no próximo dia 13 de junho, um dia antes da abertura da Copa do Mundo da Rússia.