A pausa na carreira que Tiger Woods tirou para fazer uma cirurgia nas costas o tirou do Masters, um dos quatro principais torneios de golfe do mundo, pela primeira vez em 20 anos. Azar, literalmente, do Masters. O primeiro efeito já sentido é uma queda no número de apostas feitas a respeito do resultado da competição, e a segunda deverá ser outra queda em audiência na TV.
Em Las Vegas, algumas das casas de apostas estimam que a ausência de Woods, vencedor de quatro edições do Masters e número 1 da modalidade no mundo, fez a quantidade de jogos cair em 20%. O Masters é, “por muito”, o torneio de tênis mais popular nos casinos dos Estados Unidos, segundo Jeff Sherman, assistente do Hotel’s SuperBook que fica na cidade americana.
“Ele tem basicamente o dobro do tamanho do próximo, o U.S. Open”, contou o profissional por telefone à Bloomberg. “Quando as pessoas saem para apostar no Kentucky Derby [competição de cavalos] ou no Daytona 500 [principal prova da Nascar, categoria de automobilismo], este é um evento de golfe que eventualmente elas se envolvem. Há muitas pessoas que dizem ‘eu só quero apostar no Tiger’, e agora elas não terão essa oportunidade”.
O problema é que as apostas refletem o interesse do público pelo torneio. Normalmente, contou Sherman, as apostas aumentam ou diminuem na mesma proporção que a audiência da TV. Da última vez que Woods ficou fora do esporte, em 2009, por oito meses para uma cirurgia no joelho, houve uma queda de 30% a 40% nos índices registrados pelo PGA Tour dos EUA, nas contas de Neal Pilson, então diretor do braço esportivo da emissora CBS.