É claro que existem mudanças técnicas e estruturais claras entre um carro de Fórmula 1 e um de Fórmula Indy. No entanto, a McLaren apresentou o modelo da equipe com que Fernando Alonso disputará a Indy 500, mais conhecida como 500 Milhas de Indianápolis, com cores idênticas ao modelo usado por Carlos Sainz Jr. e Lando Norris na F1, o que dará ainda mais exposição à equipe no mercado americano.
Com o número 66, o carro já foi para a pista nesta semana para testes com Alonso no cockpit. Além das cores, alguns patrocínios permanecem na pintura, como Dell, Petrobras e Richard Mille. Outras marcas, porém, aparecem apenas no carro da Indy, como Chevrolet, Firestone e MindMaze.
Foto: Reprodução / Twitter (@McLarenIndy)
A que mais chama atenção, contudo, é a Vuse. Trata-se do nome dado a um tipo de cigarro eletrônico da British American Tobacco (BAT), que assinou um contrato de patrocínio com a McLaren na F1 no último mês de fevereiro. À ocasião, a escuderia deixou claro que a parceria se resumiria aos produtos de risco reduzido fabricados pela BAT, que retornou à categoria após 13 anos.
O objetivo da empresa era estampar no carro da Fórmula 1 a campanha “A Better Tomorrow”, justamente focada nos produtos de baixo risco à saúde. O problema é que, assim como aconteceu com a italiana Ferrari, a escuderia britânica teve que tirar a marca do carro para o GP da Austrália, o primeiro da temporada, por uma exigência do Departamento de Saúde do país da Oceania. Já no Bahrein, na segunda prova, a marca esteve presente no carro.
Na Fórmula Indy, com as regras mais flexibilizadas, a McLaren aproveitará para dar ainda mais visibilidade ao patrocinador. A marca Vuse aparece grande dos dois lados do carro que estreou com Fernando Alonso na pista do Texas Motor Speedway.
A Lei de Prevenção do Tabagismo em Família e Controle do Tabagismo criada em 2010 proíbe as empresas de tabaco de patrocinar esportes, música e outros eventos culturais nos Estados Unidos, assim como impede a exibição de logotipos ou produtos de tabaco em camisetas, bonés ou outros itens de vestuário. No entanto, os produtos não derivados do tabaco, como o cigarro eletrônico, não estão sujeitos aos mesmos regulamentos da Food and Drug Administration (FDA). O Vuse, por exemplo, é comercializado pela BAT apenas em território americano.