Após fechar com novo patrocinador, a Interforce Caminhões International, o Minas Tênis Clube permanece com uma cota disponível para negociações. A direção do time mineiro antecipa, entretanto, que não pretende ocupá-la com fornecedor de material esportivo que se restrinja a ceder uniformes.
O departamento de marketing do Interforce/Minas optou por limitar em três o número de propriedades a serem ocupadas por diferentes marcas. A primeira já era ocupada pela companhia de viagens CVC, e a segunda foi preenchida pelo novo parceiro. Com a terceira, os mineiros esperam viabilizar contratações.
O modelo de negócios adotado pelo clube define que a verba arrecadada com patrocinadores seja usada em reforços para o time de basquete. Dessa maneira, o anúncio de novos acordos costuma ser casado com a contratação de novos atletas. As despesas com a infraestrutura são pagas com outras fontes de recursos.
Por essa razão, caso alguma fornecedora de materiais esportivos tenha interesse em ocupar a terceira e última cota, terá de agregar valores à negociação. “Os gastos com uniforme representam R$ 30 mil ou R$ 40 mil por ano”, explica o diretor de novos negócios e marketing, Marcelo Vido, à Máquina do Esporte. “O espaço vale muito mais que isso”.
De acordo com o dirigente, times de futebol costumavam receber apenas materiais há mais de 15 anos, mas, há quase uma década, já vêm obtendo dinheiro com os acordos. “Vôlei, basquete e futsal ainda estão em um processo que o futebol já passou há mais de 10 anos”, exemplifica Vido.
Sem uma companhia responsável por fornecer os equipamentos, a alternativa usada pelo Minas é comprar os materiais necessários. “Isso é importante para que o negócio tenha coerência com as outras propriedades”, cita o diretor, em referência aos valores pagos por patrocinadores como CVC e Interforce.
Uma possível solução para esse cenário pode surgir da Liga Nacional de Basquete (LNB), entidade responsável por organizar o Novo Basquete Brasil (NBB), campeonato nacional da modalidade. Há algum tempo a LNB negocia para que todos os clubes envolvidos no torneio tenham um fornecedor único – como acontece na NBA, nos Estados Unidos, com a Adidas.
Saiba mais detalhes sobre o novo acordo: