No último sábado, véspera do primeiro jogo oficial da Itaipava Arena Fonte Nova, funcionários corriam em diferentes direções do estádio para acertar detalhes como acabamento e limpeza. A pressão já seria grande simplesmente pelo tempo exíguo até a abertura, mas havia um motivo especial para cobranças no equipamento baiano: a má lembrança do Mineirão.
Ouvido pela reportagem da Máquina do Esporte, um funcionário da Itaipava Arena Fonte Nova admitiu que os problemas causados na abertura do estádio mineiro geraram uma pressão extra no equipamento baiano. Isso motivou revisões e novos ajustes.
Assim como a Itaipava Arena Fonte Nova, o estádio Governador Magalhães Pinto, situado em Belo Horizonte e conhecido como Mineirão, será usado na Copa das Confederações deste ano e na Copa do Mundo de 2014. Após extensa reforma, a arena mineira foi reaberta ao público em dezembro de 2012.
O estádio foi reinaugurado com um show da banda mineira Jota Quest, que contou reuniu 20 mil espectadores. No futebol, o primeiro jogo realizado no reformado espaço foi um clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, em 3 de fevereiro deste ano.
O problema é que o estádio apresentou uma série de defeitos na inauguração. A obra foi realizada por um consórcio formado por Construcap, Egesa e Hap, com um custo estimado em R$ 695 milhões.
Na inauguração, houve grande confusão na venda de ingressos. Banheiros e alimentação também geraram críticas de torcedores que foram ao Mineirão. Até a ausência de bebedouros virou motivo para celeuma no primeiro jogo realizado após a reforma.
Tudo isso virou exemplo para os dirigentes responsáveis pela Itaipava Arena Fonte Nova. O estádio foi construído no espaço anteriormente ocupado pelo estádio Otávio Mangabeira, que era conhecido como Fonte Nova e foi demolido em agosto de 2010.
A construção da Itaipava Arena Fonte Nova foi realizada por OAS e Odebrecht. O estádio custou R$ 689,4 milhões em formato de parceria público-privada.
Entre a véspera e o dia da abertura, funcionários da arena chegaram a virar a noite para finalizar acertos no estádio. Ainda existe uma obra inacabada no setor sul, onde serão colocados os assentos provisórios para a Copa das Confederações. A estrutura metálica foi envelopada com um pano branco e uma placa da Itaipava, dona dos naming rights do espaço.
* Os repórteres viajaram para Salvador a convite do Grupo Petrópolis.
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