O Morumbi está fora da Copa. A Arena da Baixada, de Curitiba, também pode ser cortada. Três anos depois de ter sido anunciado como sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil escancarou nesta quarta-feira a maior crise de seu projeto para a competição. O cerne do problema enfrentado pelo Brasil é a estrutura de estádios. ?Nós sabemos que, quanto mais essa situação é protelada, mais o custo aumenta. E algumas definições têm sido adiadas constantemente?, admitiu o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, nesta quarta-feira. O dirigente esportivo do Brasil reconheceu que o projeto nacional vive momento delicado: ?É uma crise importante, sim. Os estádios são parte fundamental para a realização de uma Copa do Mundo, e nós temos encarado problemas com alguns deles?. O projeto brasileiro para 2014 está espalhado por 12 sedes. Entre essas cidades, três contam com estádios privados (Curitiba, Porto Alegre e São Paulo). O restante das reformas de arenas está dividido entre iniciativas privadas e parcerias público-privadas. ?Na maior parte dos casos, temos projetos aprovados e uma estrutura se desenvolvendo. O que é preciso é que as coisas comecem a funcionar?, cobrou o ministro. Silva Júnior repetiu nesta quarta-feira o tom que havia adotado em outras entrevistas recentes sobre a Copa do Mundo de 2014. De forma enfática, ele disse que os estádios são a única preocupação do comitê organizador local (COL) sobre o torneio. ?Temos confiança sobre os projetos de infraestrutura e o andamento dessas obras. O que nos deixa aflitos é essa indefinição sobre estádios. Os comitês locais precisam honrar o que eles assinaram?, concluiu.