Após se livrar de uma greve de jogadores, a MLS (Major League Soccer, a liga norte-americana de futebol) inicia nesta sexta-feira sua 20ª temporada. A liga, que estreia novo logo nesta temporada, ainda não conseguiu atrair a mesma atenção despertada pela seleção nacional na Copa do Mundo.
Com novo contrato de TV, a direção da liga espera distribuir um melhor faturamento aos clubes, que tiveram prejuízo conjunto de US$ 100 milhões no ano passado.
Para cativar os fãs, a MLS aposta, mais uma vez, em estrelas veteranas como o brasileiro Kaká, o espanhol David Villa e os britânicos Frank Lampard e Steven Gerrard para despertar interesse de torcedores e audiência de TV.
Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 2007, Kaká, do Orlando City, é o jogador mais bem pago da MLS, com salário anual de US$ 6,6 milhões. Astros da seleção norte-americana, como o atacante Germain Defoe e o meia Michael Bradley, recebem um pouco menos: US$ 6 milhões.
A realidade salarial da MLS, porém, é bem menos glamorosa do que os ganhos do meia-atacante. Segundo o sindicato dos jogadores, 52% dos atletas que disputaram a temporada passada ganharam menos de US$ 100 mil por ano. Um total de 26% ganhou menos de US$ 50 mil.
Para que não fosse decretada a greve, houve um acerto entre patrões e empregados para que o salário mínimo da liga subisse para US$ 60 mil, um aumento de quase 65% em relação ao ano anterior. O novo acordo trabalhista foi assinado na última quarta-feira, às vésperas do início do torneio, e é válido por cinco anos.
No Brasil, só a ESPN irá transmitir a MLS. A emissora fechada irá passar 33 partidas do campeonato. Neste domingo, transmite Orlando City x New York City, a partir das 18h. “Já tive muitos momentos especiais na minha carreira. Domingo será outro”, afirmou Kaká, sobre sua estreia oficial na equipe.