Considerado um dos atletas fundamentais para o desenvolvimento do marketing esportivo, o golfista Arnold Palmer morreu no último domingo (dia 25), aos 87 anos, de complicações cardíacas.
O norte-americano foi um dos primeiros atletas a usar sua fama para gerar negócios. Ele deu seu aval a produtos e serviços, incluindo United Airlines (companhia aérea), Cadillac (carros), Rolex (relógios), Hertz (locadora de carros) e Callaway (produtos de golfe), entre outros.
“Ele tinha boa aparência e carisma, assim como bom desempenho esportivo para se tornar um modelo para os patrocinadores”, afirmou Nigel Currie, especialista em patrocínio esportivo, em entrevista à ESPN dos Estados Unidos.
“Palmer tinha todos os atributos para maximizar seu faturamento com patrocinadores. Antes dele, os atletas só arrecadavam seus ganhos com a bola que jogavam nas arenas esportivas”, acrescenta Currie.
Apelidado de “O Rei”, Palmer foi o primeiro golfista a acumular uma fortuna de US$ 1 milhão com o esporte.
O atleta foi o primeiro cliente da agência de marketing esportivo IMG. Junto com Mark McCormack, seu agente, Palmer inventou uma maneira de ganhar dinheiro para além das premiações dos torneios. Nos dois primeiros anos de seu acordo com McCormack, o golfista viu seus ganhos saltarem de US$ 6.000 para US$ 500 mil por ano. Com tantos negócios gerados, ele fundou a Arnold Palmer Enterprises para lidar com todos os seus patrocínios e empreendimentos.
Com seu carisma, atraiu uma legião de seguidores, chamada de “o exército de Arnie”, e ajudou a promover o golfe e a levá-lo para a TV. O golfista mantinha grande popularidade mesmo depois de ter deixado as competições. Se hoje estrelas do mundo do esporte e do marketing têm polpudos contratos de patrocínio, como Tiger Woods, LeBron James e Roger Federer, devem muito ao caminho trilhado por Palmer nos anos 1960.