Paralelamente aos esforços para moderar os conflitos gerados por torcidas organizadas em estádio de futebol, o Ministério Público está intimando clubes a agir para facilitar a acessibilidade de cidadãos aos locais de jogos. Em São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo estão sendo cobrados para lançar portal único para ingressos.
As conversas entre o órgão e as equipes paulistas estão sendo intermediadas pelo G4, entidade que foi fundada com o propósito de gerar receita por meio da venda de patrocínios conjuntos, mas que teve de começar a agir nesse sentido a pedido do governo. Entre outras demandas, uma página na internet deverá ser desenvolvida.
A ideia é que esse portal reúna links e instruções para os sites próprios de cada um dos clubes paulistas, de modo que sirva apenas para nortear internautas e facilitar a chegada deles ao comércio eletrônico de entradas para estádios. Essa iniciativa não deve conflitar com os serviços prestados por empresas como Outplan, BWA e FutebolCard.
Entre outros assuntos, o G4 está tentando convencer o Ministério Público de que nem todas as exigências feitas poderão ser cumpridas. O órgão governamental, por exemplo, quis garantias de que a tabela, formada por datas, horários e locais das partidas, fosse imutável, mas o grupo argumentou que CBF e Globo a alteram com frequência.
Ademais, o governo está pedindo para que as condições de compra sejam aprimoradas. Os clubes terão de disponibilizar venda de ingressos online, com opção para débito e cartão de crédito. Essas exigências do Ministério Público devem forçar gestoras a adaptações, e em função disso a Outplan participa das reuniões, por exemplo.
A princípio, a Portuguesa participaria das reuniões com o órgão junto com Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e G4, mas dirigentes da equipe de origens lusitanas preferiram ser chamados para reuniões em conjunto com times do interior de São Paulo. A média de público nos estádios foi o fator que a afastou do quarteto.