A Federação Paulista de Xadrez (FPX) deve ser interpelada judicialmente pelo Ministério Público Federal (MPF). O órgão acusa a entidade de ter desviado R$ 1,18 milhão em um convênio do programa Segundo Tempo.
Assinado em 2006, o convênio deveria ter atendido sete mil jovens em Americana (SP) durante dez meses. No entanto, segundo a procuradora Heloísa Maria Fontes Barreto, houve um desvio de 53% da verba repassada à FPX.
O convênio tinha valor total de R$ 1.669.200, e a União arcaria com R$ 1.491.000 desse total. Os outros R$ 178.200 seriam pagos pela própria FPX.
A lista de acusações do MPF inclui superfaturamento no preço dos lanches e um atendimento de um número de crianças menor do que o previsto. O órgão federal também incluiu o ex-prefeito de Americana, Erich Hetzl Júnior (PTB), entre os acusados.
A FPX não vai se pronunciar sobre o caso até ser notificada oficialmente, o que ainda não aconteceu.