A mudança no calendário do futebol sul-americano deverá impactar na realização da Copa do Brasil, segunda principal competição nacional e que, há três anos, é disputada durante toda a temporada.
Em entrevista coletiva, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, afirmou que a Copa do Brasil deve ser “encurtada” para que o torneio se adeque a um calendário de jogos sul-americanos maior. Isso, porém, não significa menos dinheiro para a competição. Pelo contrário. A disputa pelos direitos de transmissão do torneio deve elevar as cifras consideravelmente.
“A Copa do Brasil passa por um momento de renovação contratual que tende a gerar recursos bem maiores do que hoje gera”, disse Flores ao pontuar que o novo calendário do futebol no continente deve ser benéfico financeiramente.
A tendência é que a competição volte a ocorrer apenas no primeiro semestre. Isso será feito para permitir que todos os clubes disputem a competição e possam ser elegíveis para jogar os torneios continentais (Libertadores e Sul-Americana).
“Uma reclamação constante era de que o clube tinha de optar pela Sul-Americana ou Copa do Brasil em determinado momento”, disse.
No domingo, a Conmebol vai definir quantas vagas cada país terá na nova Libertadores. Isso pode impactar no número de times que vão se classificar para o torneio pelo Campeonato Brasileiro.
“Esse formato novo da Copa do Brasil depende de uma resolução da Conmebol no domingo. Mas a expectativa é que a Copa do Brasil possa render muitos frutos, inclusive financeiros”, completou Flores.
Atualmente, times que estão na Libertadores só jogam a Copa do Brasil a partir das oitavas de final. Isso deve mudar a partir de 2017.