Era início da manhã do dia 27 no Brasil quando a polícia suíça prendeu sete dirigentes esportivos acusados de corrupção pela Justiça americana. No início da noite, a Polícia Federal do Brasil deu sequência às investigações americanas e fez busca e apreensão de materiais na agência de marketing esportivo Klefer, parceira da CBF, no Rio de Janeiro.
As buscas foram feitas após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos municiar a PF brasileira com detalhes das denúncias feitas pelo empresário J. Hawilla no acordo para atenuar as penas em troca da delação do esquema de corrupção ligado ao futebol.
A Klefer foi acusada de pagar propina para assegurar os direitos de comercialização da Copa Sadia do Brasil de 2015 a 2022. Seu dono, Kleber Leite, negou a acusação e creditou a acusação feita por Hawilla nos EUA a um problema de saúde dele.
“Jamais usamos deste expediente para obtenção de qualquer contrato ao longo dos 32 anos de vida da Klefer. Talvez por isso, tenhamos um tamanho normal para uma empresa de marketing esportivo. Soube que neste período, J. Hawilla passou por momentos difíceis em função de grave doença. Provavelmente, pelo que ouço e leio, a cabeça dele deve ter sido afetada. A cabeça, o caráter e, principalmente, o sentimento de gratidão. Lamentável!!! Que fim de vida…”, afirmou Leite em comunicado.
O executivo, que já foi presidente do Flamengo, diz ter colocado a empresa à disposição das autoridades nas investigações.
Além da Klefer, a PF tem mandado de busca e apreensão na sede da CBF. Mas, até o fechamento desta edição, a polícia não havia feito uso do mandado para pegar documentos na entidade.