Desde 2009, quando o Corinthians fechou acordo com Ronaldo, poluir o uniforme tornou-se regra no futebol brasileiro. Com foco no imediatismo da verba extra, a maioria dos times do país adotou a prática até então reservada aos clubes menores. Com a crise e um maior desenvolvimento do esporte, a tendência seria a diminuição de marcas, mas não tem sido essa a realidade.
Nesta rodada do Campeonato Brasileiro, por exemplo, o Internacional jogará novamente com a marca “Gigante de Vantagens” no ombro, programa do próprio clube. No domingo, pela primeira vez, haverá uma marca no local. Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul usará a propriedade para se expor durante o clássico contra o Grêmio.
O espaço foi considerado uma conquista pela diretoria do Internacional neste ano. O contrato com o patrocinador máster Banrisul foi alterado na renovação. O valor recebido pelo Internacional foi ligeiramente menor do que o anterior, mas o banco permitiu a divisão do uniforme com uma marca no ombro, que deve cobrir a diferença.
No Sudeste, foi o Corinthians que oficializou uma nova propriedade recentemente. O clube fechou com uma agência para comercializar publicidade no meião do uniforme. O time, que já jogou até com marca desodorante nas axilas, não havia ainda usado esse espaço.
No início deste ano, o clube paulista havia feito uma reunião com agentes do mercado para estabelecer as propriedades do uniforme, que inclui barra do calção, ombro e número. Apenas a manga do uniforme não foi vendida para esta temporada.
Além do Internacional, outra equipe que abriu o espaço do ombro neste ano foi o Vasco, mas para compensar o valor proposta pela Caixa, que também mantém o espaço máster do uniforme.
Para os torcedores que ansiavam por uniformes mais limpos, a esperava continua.