Os adeptos da teoria de que clubes nordestinos são capazes de encher estádios por causa do baixo preço dos ingressos, no Campeonato Brasileiro deste ano, não encontraram provas sólidas para justificar a afirmação. O Ceará, dono do segundo maior público, foi o terceiro time que mais lucrou durante o torneio nacional.
O clube nordestino lucrou R$ 4,1 milhões em bilheterias, abaixo apenas de Grêmio (R$ 4,3 milhões) e Corinthians (R$ 11 milhões), ainda que ambos tenham atingido desempenho superior dentro de campo. “Fizemos várias campanhas para gerar renda com estádio”, justifica o coordenador comercial do Ceará, Maurício Dias.
“A paixão natural do público local nos ajudou muito, mas a verdade é que enquadramos o público no problema da falta de presença na arena”, completa o dirigente, em entrevista à Máquina do Esporte. A hipótese de elitização do torcedor no estádio, porém, também é refutada. A entrada, segundo Dias, esteve na faixa dos R$ 30.
A performance cearense surpreende até rivais tradicionais, reconhecidos nacionalmente pelas boas práticas no campo administrativo, como São Paulo e Internacional, que lucraram R$ 3,7 milhões e R$ 3,3 milhões. “Aqui, estamos fazendo renda, vendendo espetáculo para um bom volume de torcedores”, encerra o coordenador.