Desde o fim do ano passado, sabe-se que o Náutico assumirá a Arena Pernambuco, que está ainda sendo construída, como a sua nova casa. No entanto, os dirigentes do clube permanecem com o pensamento de não vender o terreno do estádio dos Aflitos, mesmo avaliado em R$ 200 milhões, dinheiro que poderia deixar o clube em situação bastante confortável.
O Náutico aguarda propostas de empresas que tenham interesse em ocupar o espaço. A intenção é alugar o terreno, localizado em uma área nobre no Recife. “O estádio será demolido e haverá substituição de uma área não rentável para uma rentável. Pretendemos assinar um acordo de 33 anos, mesmo período que o clube atuará na Arena Pernambuco”, explicou Roberto Varela, vice-presidente de marketing do clube.
Porém, o dirigente afirma que a sede do clube, localizada nas proximidades dos Aflitos será intocável. “É um patrimônio histórico do Náutico, além de que temos muitas referências naquela região. Não pretendemos acabar com isso”, contou o dirigente.
Na nova arena, o Náutico terá um valor mínimo recebido em todas as partidas. A quantia será equivalente à bilheteria de 14 a 15 mil pagantes. Se o público exceder esse número, permanece o acordo de 80% da receita.
Em outubro de 2011, o Náutico formalizou uma parceria com o consórcio (capitaneado pela Odebrecht) da Arena Pernambuco. A assinatura do contrato aconteceu no Palácio do Campos da Princesas, sede do governo do Estado. O documento foi assinado pelo governador Eduardo Campos, pelo presidente do Náutico, Berillo Albuquerque, e pelo diretor-presidente do consórcio, Marcos Lessa.