A NBA, a liga de basquete dos Estados Unidos, se juntou à Federação Internacional da modalidade, a Fiba, para realizar a Liga de Basquete Africana. E, para ajudar o plano a sair do papel, a entidade americana recorreu ao ex-presidente do país, Barack Obama, que se juntou ao projeto.
O papel de Obama na Liga Africana ainda não está claro, mas, segundo noticiou a agência Associated Press nesta semana, o ex-presidente terá uma função ativa no projeto. Os detalhes de sua participação deverão ser divulgados em breve.
No último fim de semana, a NBA já havia divulgado um vídeo com o político em suas redes sociais, sobre o desenvolvimento do esporte no continente. As imagens, por sinal, são simbólicas da relação do ex-presidente com o esporte e com a região. Obama discursou em 2018 para jovens em uma viagem ao Quênia. As palavras foram proferidas numa fundação criada por sua meia-irmã, Auma Obama, que tem como objetivo levar esporte e educação a crianças e adolescentes.
Obama, que chegou a ter uma quadra de basquete na Casa Branca, exalta o poder de educação proveniente do esporte. “Eu espero que vocês saibam, por meio do esporte, que se vocês se esforçarem, vocês serão recompensados”, afirmou.
Barack Obama chegou a ser jogador universitário de basquete / © Getty Images
A Liga Africana de Basquete será realizada apenas em 2020. Neste ano, haverá uma qualificação para o torneio. Apenas 12 equipes participarão da competição, e nenhum país poderá ter mais de um time no evento.
Segundo o comissário da NBA, Adam Silver, além da questão social com a África, há interesse comercial da liga e dos times no desenvolvimento do esporte na região. “Houve uma tremenda recepção por parte de muitos dos donos das franquias. Além disso, muitos dos parceiros da NBA expressaram um forte desejo de trabalhar conosco na África”, afirmou o dirigente.
Pepsi e Nike, por meio da marca Jordan, seriam dois dos principais interessados na participação da NBA em um torneio no mercado africano.
A Liga Africana será o primeiro torneio no exterior fundado com a participação da NBA. A liga americana tem feito parcerias com outros mercados, mas normalmente com instituições consolidadas. Um exemplo está no Novo Basquete Brasil, o torneio brasileiro da modalidade que conta com o apoio da associação dos Estados Unidos desde o fim de 2014, com foco na expansão da marca no país.
Além da Barack Obama, a NBA contará com alguns astros da liga americana para o projeto na África. Será o caso de Dikembe Mutombo e Bismack Biyombo, do Congo, e Josh Okogie, da Nigéria, além da presença de Chiney Ogwumike, que atua na WNBA, para serem embaixadores do novo projeto.