O comissário da NBA, Adam Silver, enviou carta aos 30 proprietários das franquias vetando que astros das equipes sejam preservados durante partidas da temporada regular sem ser por lesão.
“Decisões desse tipo não implicam somente o tem da saúde dos jogadores e o rendimento da equipe na quadra. Podem também afetar os torcedores e os parceiros comerciais, impactar em nossa reputação e prejudicar a percepção do jogo”, afirmou o dirigente na correspondência enviada às equipes.
“Com tanto em jogo, é simplesmente inaceitável que os donos [das franquias] não estejam envolvidos. Ou que deleguem a autoridade de tomar decisões nesses assuntos a outros membros de sua organização”, acrescentou o dirigente.
A bronca foi motivada por atitudes recentes de algumas equipes de darem descanso a alguns titulares nas últimas rodadas da liga. Campeão em 2015, o Golden State Warriors deixou no banco Stephen Curry, Klay Thompson, Draymond Green e Andre Iguodala na partida contra o San Antonio Spurs. O técnico Gregg Popovitch, do time texano, que adota essa prática há anos, deixou de fora LaMarcus Aldridge e Kawhi Leonard.
Atual detentor do título, o Cleveland Cavaliers, por sua vez, preservou LeBron James, Kyrie Irving e Kevin Love em partida contra o Los Angeles Clippers.
A ausência dos principais astros fez a audiência dos jogos desabar na TV. Os atletas, por outro lado, reclamam do excesso de partidas. Durante a temporada regular, cada equipe disputa 82 jogos em 170 dias (média de quase um duelo a cada dois dias).
Em 2012, o San Antonio Spurs foi multado em US$ 250 mil após Popovich dar descanso a quatro titulares em confronto com o Miami Heat sem aviso prévio. A partida teve transmissão em cadeia nacional para os Estados Unidos.