Há exatos dez dias, a Caixa anunciou com o Corinthians um programa de relacionamento associado ao Fiel Torcedor e à campanha República Popular do Corinthians. O projeto envolve um cartão de crédito ou um pré-pago da instituição que dão pontos aos clientes, distribuindo uma série de benefícios para esse torcedor relacionado ao clube. Agora, a empresa estuda como ampliar essa ação aos outros clubes patrocinados em todo o Brasil.
A ideia, no entanto, não é tão simples. Ainda que os contratos firmados com as agremiações permitam esse tipo de ativação, ela não é garantida e depende da disposição do clube, como explica à Máquina do Esporte o diretor de cartões da Caixa, Mário Neto. “Esse programa não é da Caixa. Ele é da Caixa com o Corinthians. A empresa não depende só de si para realizá-lo”.
E a questão não se limita às intenções de cada clube. Para a Caixa, não será todo patrocinado que valerá o investimento da ação. Desde o fim de 2012, a empresa tem avançado no futebol por meio de patrocínio aos clubes. O que começou com o Corinthians hoje está presente em mais de dez times, em equipes gigantes do futebol nacional, como Flamengo, e outras mais modestas, como o ASA de Arapiraca, que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro.
“Podemos fechar programas semelhantes com alguns clubes mais adiante. Mas cada um será analisado individualmente. As ações dependem do potencial de cada equipe de gerar sócios e retorno”, pondera Neto.
Com o Corinthians, a Caixa reforça o potencial de ganhos comerciais que os clubes têm com seus programas de sócio-torcedor. Além do que se arrecada com o valor das mensalidades ou anuidade e com a facilidade de distribuição de ingressos, os clubes contam com dados, informações e contato direto de milhares de torcedores. No Corinthians, por exemplo, são mais de 100 mil cadastros, entre adimplentes e inadimplentes.