A NFL decidiu, nesta quarta-feira (29), seguir uma tendência mundial e passará a permitir que as franquias vendam ofertas de patrocínio a casas de apostas. A medida ocorre três meses após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que votou a favor da legalização das apostas esportivas no país.
Há, no entanto, uma série de detalhes que permeiam a mudança de regra. As franquias continuam impossibilitadas de anunciar diretamente as casas de apostas, por exemplo. O que é possível agora é que as equipes recebam publicidade de qualquer casa de apostas, dando-lhes permissão para transmitir os anúncios durante os programas de pré e pós-partida, assim como durante os jogos de pré-temporada.
Como parte do acordo, as equipes e as casas de apostas poderão usar os logotipos umas das outras em qualquer publicidade. No entanto, as franquias da NFL não poderão levar ações de receita para qualquer negócio direcionado a empresas do tipo. Sob os termos das novas regras, os estádios também podem aceitar casas de apostas como parceiros de naming rights.
Foto: Reprodução / Twitter (@NFL)
Vale lembrar que, em maio, a Suprema Corte americana pôs fim a uma lei federal de 1992, que era conhecida como Lei de Proteção ao Esporte Profissional e Amador (PASPA). A regra proibia apostas esportivas na grande maioria dos estados do país, mas, ao mesmo tempo defendia uma lei estadual de Nova Jersey que permitia a prática em cassinos e hipódromos para crianças de mais de 21 anos.
Após a decisão, a NBA foi a primeira grande liga esportiva do país a aproveitar a mudança e fechou um acordo de US$ 25 milhões com a gigante de hospitalidade e entretenimento MGM Resorts International, que se tornou parceira oficial de jogos não só da própria NBA como também da WNBA.
Com a mudança de regra, a NFL segue uma tendência mundial. No futebol, dezenas de equipes têm casas de apostas como parceiras. Na LaLiga, da Espanha, por exemplo, metade das equipes que disputam o torneio têm acordo com a mesma empresa.
Enquanto isso, a Serie A, da Itália, é a única que vai na contramão. A partir de 1o de janeiro de 2019, o governo italiano proibiu a publicidade de empresas do ramo de apostas em todo o país, o que trará um prejuízo de mais de 700 milhões de euros para o futebol italiano.