A Nike decidiu não renovar contrato com o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro). A empresa de material esportivo era parceira da entidade desde 2012.
“Gostaríamos de ter renovado o contrato de fornecimento de material esportivo, mas a parceira decidiu não o fazer”, lamentou Andrew Parsons, presidente do CPB.
Durante o período de contrato, a equipe paralímpica nacional obteve suas melhores campanas na Paralimpíada. Em Londres 2012, o Time Brasil terminou na sétima posição, com 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes (total de 43 medalhas).
Quatro anos depois, a meta ousada do CPB e do Ministério do Esporte era ficar entre os cinco primeiros do quadro de medalhas. Apesar de não ter sido atingida, a participação nacional teve recorde de 72 medalhas. Foram 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes e a oitava posição. No total de pódios, o Brasil ficou na sexta posição.
“Agradecemos a Nike pelos anos de parceria, de 2012 a 2016, com o Comitê Paralímpico Brasileiro. Atingimos grandes resultados juntos nos Jogos Paralímpicos de Londres e do Rio”, comentou o dirigente.
Procurada, a Nike preferiu lembrar do período de parceria e não comentou o fim do contrato. “Foram quatro anos intensos de muita parceria e aprendizado. É muito gratificante contribuir para o desenvolvimento do paradesporto brasileiro e ao mesmo tempo inspirar milhões de pessoas ao redor do mundo”, afirmou a empresa.
Sem a empresa norte-americana, Parsons espera atrair outra marca. “O sucesso do esporte paralímpico brasileiro certamente fará com que em breve iniciemos nova parceria com outra empresa de mesmo porte para vestir nossos atletas com material à altura de suas conquistas.”
O CPB conta atualmente com patrocínio das Loterias Caixa e Braskem (essa exclusivamente para o atletismo), além de verba de Lei Piva e convênios com o Ministério do Esporte.