O velocista chinês Liu Xiang, ouro nos Jogos de Atenas-2004 na prova dos 110 metros com barreiras é um dos grandes trunfos da Nike no oriente, mas agora também uma de suas maiores preocupações. A companhia norte-americana conta com uma marca na China com o nome do atleta, mas nesta semana, perdeu uma ação contra uma empresa local detentora de uma patente com o mesmo nome.
Ao acertar com a Nike, em 2004, Liu Xiang cedeu os direitos de sua marca homônima à companhia norte-americana, que desde então lançou uma linha exclusiva de produtos sob o nome do atleta, incluindo desde equipamento para a prática do atletismo até uma linha casual.
O problema é que recentemente os norte-americanos descobriram a existência de uma marca que prejudica seus planos: a fabricante de roupas Shangai Liuxiang Industrial, que detém a patente desde 1986. Para a família dona da empresa, o nome não tem nenhuma relação com o corredor, que tinha apenas três anos na época, mas sim com o sobrenome familiar, “Liu”, e seu povoado de origem, “Yiuxiang”.
Desta forma, devido à longa data desde a qual a companhia local registrou sob seus domínios a palavra “Liuxiang”, a ação judicial movida pela Nike contra a empresa foi desestimada pela Justiça local. Até o momento, a Nike continua apenas com permissão para usar o nome do atleta como marca se isso for feito na grafia ocidental, em inglês, ou por meio de suas iniciais, “LX”.
A Nike não é a primeira empresa envolvida com esportes a ter problemas com o sistema de patentes chinês. No começo de 2012, o aposentado astro do basquete Michael Jordan entrou com um processo na Justiça chinesa contra a rede de lojas de esporte local Qiaodan Sports, afirmando que a companhia teria usado sem autorização a grafia chinesa de seu nome em mais de 5700 lojas. O caso ainda aguarda um veredito.