A Nissan está concentrada no patrocínio aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas já tem planos para o que deverá fazer após o evento com o esporte: focar em ativações da Liga dos Campeões. A empresa japonesa é patrocinadora do torneio desde 2014, após assumir o lugar ocupado pela Ford por mais de duas décadas.
“Como patrocinador da Liga dos Campeões, faz muito sentido ativar aqui. O Brasil é a sétima audiência da competição do mundo, atrás apenas dos países europeus. É uma dica do que deveremos fazer após os Jogos Olímpicos”, comentou o diretor de marketing da empresa, Arnaud Charpentier, à Máquina do Esporte.
A estratégia da Nissan está alinhada a outros patrocinadores do torneio, que têm ativado o evento europeu em território brasileiro. A MasterCard, por exemplo, fez uma parceria neste mês com o Itaú Personnalité para levar clientes à final da Liga, em Milão. A Heineken usa a disputa europeia em boa parte de sua comunicação no Brasil.
Neste ano, a empresa já havia dado sinal de que daria importância ao futebol. A Nissan fechou com a Globo para ser uma das cotistas de publicidade nos jogos exibidos pela emissora.
Por outro lado, uma das justificativas da Nissan para apoiar os Jogos Olímpicos é justamente mostrar o enraizamento da marca com o mercado nacional. Segundo Charpentier, o investimento no evento é um modo de explicitar esse comprometimento.
“A primeira coisa com os Jogos é mostrar que temos um compromisso com o Brasil. Estamos aqui para ficar. Estamos atravessando uma crise muito forte, com mercado automobilístico caindo mais de 30%. Mas no final, o Brasil representa o quarto potencial de mercado do mundo. Nós investimos em longo prazo. Acreditamos muito neste mercado”, afirmou.
Antes dos Jogos, a empresa deverá focar as ativações do patrocínio em lançamentos de produtos. O principal deles é o Nissan Kicks, SUV compacto anunciado em janeiro e que será produzido no Brasil.