Os programas de sócio-torcedor se tornaram moda e um investimento quase obrigatório entre os clubes brasileiros, que viram possibilidade de altos lucros mirando em exemplo como o do Internacional. Ainda assim, para a grande maioria, isso só se torna realidade se o futebol está em alta. Robinho é o mais novo exemplo dessa realidade.
Desde que o ex-jogador do Milan foi anunciado na Vila Belmiro, o Santos ganhou cerca de 230 novos adeptos em menos de duas semanas. Na última segunda-feira, o time marcava 55.680 membros, segundo o site do Movimento por um Futebol Melhor.
A dificuldade dos clubes é manter os números crescentes em momento de baixa. Com Robinho, o Santos se garante como um dos clubes com mais sócios-torcedores, mas, após a saída do jogador, haverá um potencial problema.
O Flamengo é um grande exemplo disso. Em abril, após ganhar a Copa do Brasil e disputar a Libertadores, o clube tinha 64 mil sócios. Hoje, disputando a parte de baixo da tabela, há menos de 54 mil inscritos no programa. A mesma variação de 10 mil nomes ocorreu com o Corinthians após a Libertadores. O número foi recuperado com a inauguração da nova arena.
Para segurar sócios, o Flamengo tem apostado em frequentes promoções envolvendo membros do sócio-torcedor. A ideia é dar privilégios a quem paga as mensalidades em dia, o que deixaria o benefício do ingresso em segundo plano.
No último final de semana, por exemplo, o sócio que mais usou os benefícios do programa Movimento por um Futebol Melhor participou da festa de 60 anos do ex-jogador Júnior. Ao término da partida, o torcedor, que é de Vitória (ES), ganhou a camisa autografada das mãos do aniversariante, além de tirar fotos com os ídolos do passado do clube.