Até a Fifa anunciar, no dia 31 de maio deste ano, as 12 cidades brasileiras escolhidas para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, o clima entre elas era de competição. Passada a seleção inicial, porém, algumas falam até em um plano conjunto para lucrar com a competição. Esse é o caso das quatro sedes nordestinas (Fortaleza, Natal, Recife e Salvador). Todas elas projetam um plano de desenvolvimento para a região em função da Copa, de uma forma que a região ganhe como um todo com o evento. Recentemente, a aproximação entre os comitês nordestinos gerou até a proposta de criação de uma companhia aérea para operar na região. A melhoria na malha aérea é fundamental para facilitar o transporte entre os Estados. No entanto, o projeto de união nordestina é ainda maior. A criação de uma companhia aérea é um exemplo significativo, mas não deve ser a única ação conjunta entre as cidades da região ? mesmo as que não farão parte da Copa do Mundo. ?Se todos trabalharem juntos, todo mundo sai ganhando. Temos feito fóruns, conversado, buscado o melhor para a região. Agora não é hora de falar apenas em interesses próprios?, disse George Braga, secretário de Esportes de Pernambuco. A aproximação entre os Estados nordestinos deve contaminar até a iniciativa privada. Os secretários cogitam promover encontros para troca de experiências e fomento aos negócios entre marcas da região, com ênfase no segmento esportivo. ?É papel do poder público investir, mas também é importante incitar os entes privados a se articularem. Imagine o Santa Cruz, que é forte em Pernambuco, ajudando o CSA, um grande clube de Alagoas. O que nós queremos é que eles conversem, troquem experiências, busquem formas de melhorar juntos e ajudem a desenvolver toda a região?, finalizou Braga.