Os projetos ambientais até podem atrair parcerias comerciais, mas não existe nenhuma relação entre as duas áreas. O São Paulo se esforçou muito para passar essa mensagem nesta segunda-feira, em apresentação da recém-criada diretoria de meio ambiente do clube.
A única menção que o São Paulo fez sobre o potencial comercial do novo departamento apareceu em um vídeo institucional. Quando falou sobre árvores em suas instalações, o clube disse que a nova vegetação pode ser plantada em parceria com patrocinadores.
De resto, o evento desta segunda-feira praticamente escondeu a relação com a área comercial. O backdrop, por exemplo, não tinha nenhuma marca de patrocinador do São Paulo.
“Não temos nenhum interesse comercial nisso. Não estamos fazendo para fazer média ou ganhar dinheiro. Nosso trabalho tem a seriedade que esse tema exige. O único patrocinador é o próprio São Paulo Futebol Clube”, disse Eduardo San Martin, novo diretor de meio ambiente da instituição tricolor.
A meta do departamento comandado por San Martin é criar um projeto ambiental de médio de longo prazo para o São Paulo. O plano inclui mapeamento do uso de recursos naturais e ações específicas para cada setor.
Depois de concluir o mapeamento, é nessa fase de execução que o São Paulo considera a possibilidade de se associar a empresas. Patrocinadores poderiam contribuir, por exemplo, para diminuir os custos do projeto ambiental tricolor.
San Martin citou como exemplo um caso da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade em que ele também ocupa a diretoria de meio ambiente. A instituição fechou uma parceria para tratamento de água, e o custo da ação foi uma parte da economia gerada na conta mensal.
“Nós conseguimos cortar em quase 35% o valor da conta de água na Fiesp”, lembrou o novo diretor do São Paulo.
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