A mudança no meio de consumo de informação causada pelo advento das novas mídias, como as redes sociais e os dispositivos móveis, levou a um salto de arrecadação histórico na indústria do esporte desde 2010.
Essa é parte da conclusão que se chega em estudo divulgado pela Repucom sobre as tendências da indústria do esporte nos próximos anos tendo como base o que ocorreu recentemente.
Segundo o levantamento, desde 2010 os gastos com a indústria do esporte foram de US$ 35 bilhões e devem chegar a US$ 62,2 bi no ano que vem. Os novos contratos de mídia e valores cada vez mais altos de patrocínio são os motivos que levam a esse crescimento.
Com as novas mídias, as empresas de televisão tem no entretenimento ao vivo a forma de reter melhor o fã. Isso as leva a investir mais em direitos de transmissão. O melhor exemplo disso é a NBA, que viu uma valorização de 186% nos contratos de mídia, que entram em vigor a partir de 2017.
Outro fator que leva ao incremento de receita é a tecnologia, com os fantasy games e os próprios games gerando uma receita cada vez maior para o esporte.
O estudo diz ainda que a relação entre marcas e esporte deve incrementar nos próximos anos, e que, por conta da fragmentação do consumo de informação, será preciso criar relacionamentos mais sólidos e de melhor qualidade, em que a entrega de inovação por meio do esporte deve ser a maior tendência nesse mercado.
Isso levará à sofisticação do cálculo de retorno sobre o investimento, que exigirá novas estratégias de mensuração do gasto.
Com mais dinheiro, a tendência é de que a indústria esportiva veja também uma melhoria na governança das entidades. A revolução que atravessa a Fifa é a melhor indicação de que esse deve vir a ser o caminho para um esporte cada vez mais profissionalizado.