Quando a Nike assinou contrato de US$ 200 milhões com o jovem golfista Rory McIlroy, em janeiro de 2013, o investimento pareceu arriscado demais. Passou-se um ano e meio sem vitórias expressivas do norte-irlandês com o Swoosh no boné. Mas a espera da fabricante de materiais esportivos americana acabou, e ao que parece o golfe tem um novo Tiger Woods.
McIlroy venceu nesta semana o Campeonato PGA, em Louisville, nos Estados Unidos, quarto título em um torneio de Grand Slam de golfe. Isso somente um mês depois de ter ganhado a edição britânica que compõem o Grand Slam, o British Open. Isso fez dele atual o número 1.
O resultado esportivo é considerável. Só quatro golfistas na história conseguiram conquistar os quatro Grand Slams com até 25 anos, idade do norte-irlandês. Bobby Jones, Jack Nicklaus e o próprio Tiger Woods são nomes lendários neste esporte que agora têm ao lado Rory McIlroy.
O momento não podia ser mais propício para a Nike. A empresa transformou Woods em um negócio de US$ 600 milhões anuais depois de lançar, em 2001, linha de uniformes e bolas de golfe com a marca do atleta. Mas, depois de escândalos e lesões, o astro do golfe americano parece que não irá voltar à antiga forma, e desde 2009 a marca cresceu pouco.
O surgimento de um novo ídolo pode melhorar a condição também de outras empresas que investem no golfe. Em balanços financeiros recentes, a despeito da Copa ter aumentado o faturamento do futebol, a Adidas culpou o golfe americano pelas receitas aquém do desejado.
McIlroy ainda tem poucos patrocinadores. Além da Nike, Bose e Omega, marcas de som e relógios, respectivamente, apoiam o atleta. Este cenário tende a mudar em breve.