O ano definitivamente não começou bem para Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil).
Depois de não conseguir conservar nenhum patrocinador para a entidade no novo ciclo olímpico, o dirigente acumulou nesta quarta-feira novo fiasco: terminou em último lugar na eleição para a presidência da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana).
O pleito foi realizado em Punta del Este, no Uruguai.
Presidente do Comitê Organizador dos Jogos do Rio 2016 e da Odesur (Organização Desportiva Sul-Americana), Nuzman era apontado como favorito para suceder Julio Maglione no comando da Odepa. O uruguaio ocupava o cargo interinamente desde a morte do mexicano Mario Vázquez Raña, em fevereiro de 2015.
No primeiro turno, o dominicano Jose Joaquín Puello conseguiu a vitória, com 23 votos. Nuzman e Neven Ilic, presidente do Comitê Olímpico do Chile, empataram com 14 votos. Assim, foi necessária uma rodada desempate, para eliminar um candidato. O chileno então venceu o brasileiro por 27 a 23. Na rodada final, Ilic, 55, derrotou Puello por 26 votos a 25.
A votação toda durou mais de três horas e teve uma apresentação de dez minutos de cada um dos candidatos.
“Por favor, contem comigo. Serei o presidente que irá trabalhar para fazer todos vocês grandes. A eleição acabou e seremos todos uma grande família chamada Odepa”, discursou Ilic, logo após ter sido eleito.
Aos 55 anos, ele destacou sua juventude, em comparação com seus adversários. Nuzman tem 75 anos. Puello, 76. Esse fator foi decisivo para atrair o apoio de Estados Unidos e Canadá, que tinham direito a dois votos cada um por serem países que já foram sede dos Jogos Pan-Americanos.