A Olympikus é a nova líder de vendas do setor de tênis no Brasil. Após perder a hegemonia em 2011, a marca da Vulcabras Azaleia conseguiu ultrapassar a norte-americana Nike e voltar ao topo do ranking após passar por uma reestruturação total e uma modernização de gestão nos últimos anos.
O estudo feito em março de 2017 e que devolveu a Olympikus ao topo foi realizado pela Kantar Worldpanel, empresa que é líder mundial em comportamento de consumo. O resultado do levantamento comprova os números apresentados pela Vulcabras Azaleia desde o ano passado.
A companhia fechou 2016 com lucro líquido de quase R$ 35,7 milhões. Para se ter uma ideia da diferença, nos dois anos anteriores, a empresa havia encerrado com prejuízos acentuados. Em 2015, quase R$ 50 milhões, e, em 2014, cerca de R$ 72,8 milhões.
Em 2017, de janeiro a setembro, o lucro líquido registrado foi de R$ 143,5 milhões, contra R$ 22,1 milhões do mesmo período de 2016. O crescimento nesse curto intervalo de tempo foi de impressionantes 549,32%.
De acordo com a assessoria da empresa, a reviravolta ocorreu graças a uma reestruturação, feita entre 2012 e 2015. Em seguida, a companhia modernizou sua administração, com um trabalho específico de gestão de marca e inteligência de mercado, otimização da produção e alta tecnologia nos produtos.
“Hoje, temos uma gestão ágil e enxuta, capaz de ter respostas rápidas aos desafios do mercado”, explicou Pedro Bartelle, presidente da Vulcabras Azaleia e que esteve à frente de todo o processo de modernização.
Entre os produtos desenvolvidos pela Olympikus está o Invictus, da linha running, que comprova o investimento feito pela marca em design e tecnologia, e que está ganhando adeptos com foco em performance por todo o país. O triatleta Lucas Pretto, por exemplo, que é patrocinado pela Olympikus, disputou o Iron Man do Havaí em outubro, uma das provas mais difíceis do mundo, e utilizou o tênis no terço final da disputa, ao correr a maratona.
Segundo a revista Exame, a última Copa do Mundo e os últimos Jogos Olímpicos realizados no Brasil prejudicaram a Olympikus nas vendas. Os tênis da marca, apesar de um preço médio menor que as marcas estrangeiras, perderam espaço antes e também em meio aos megaeventos. No entanto, desde o final da Olimpíada do Rio e sem grandes eventos a curto prazo no país, as importações mais caras das duas principais concorrentes, Nike e Adidas, perderam a preferência, o que ajudou a marca brasileira a voltar ao topo em território nacional.